Você já sentiu um cheiro que imediatamente te levou de volta a uma lembrança de infância? Talvez o aroma de um bolo saindo do forno te lembre dos almoços em família, ou o cheiro de chuva desperte recordações de brincadeiras na infância.
Essa conexão entre cheiro e memória não é coincidência — é ciência!
O sistema olfatório humano está diretamente ligado ao sistema límbico, região do cérebro responsável pelas emoções e pela formação de memórias. Diferente dos outros sentidos (como visão e audição), os sinais do olfato não passam primeiro pelo tálamo — o “centro de retransmissão” do cérebro —, mas seguem um caminho direto até áreas emocionais, como o hipocampo e a amígdala.
Isso significa que os aromas têm um poder único de despertar lembranças e sensações com uma intensidade que muitas vezes surpreende. Um simples cheiro pode trazer à tona momentos que pareciam esquecidos, junto com toda a carga emocional que eles carregam.
Durante as festas de fim de ano, essa relação fica ainda mais evidente. O cheiro de especiarias, comidas típicas e até o perfume de pessoas queridas costumam reacender memórias afetivas e criar novas lembranças — tudo graças à incrível capacidade do nosso cérebro de associar emoções aos cheiros.
No GEM, estudamos como o olfato está ligado à saúde, ao comportamento e à percepção humana. Entender esse mecanismo ajuda não apenas a desvendar como o cérebro funciona, mas também a desenvolver testes olfatórios e estratégias terapêuticas em diferentes áreas da medicina e da neurociência.
Então, neste fim de ano, inspire fundo — literalmente — e deixe os aromas te conduzirem pelas melhores lembranças.