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Não consigo sentir cheiros, e agora?

Não consigo sentir cheiros, e agora?

 

Não temos o costume de nos preocupar com a saúde do nosso nariz, não é mesmo? Cuidamos da saúde do nosso coração, das orelhas e dos olhos e de tantos outros órgãos, mas esquecemos, ou muitas vezes não sabemos, o quanto que o nariz é importante para no nosso dia a dia. Por isso, demoramos a identificar a perda de olfato. Em alguns casos só vamos perceber quando alguém nos chama a atenção para algum odor muito ruim, e então nos damos conta de que não estamos sentindo e nos perguntamos: não consigo sentir cheiros, e agora?

A perda de olfato pode ocorrer em crianças, adultos e idosos. Estima-se que 15% da população tenham perda olfatória parcial (hiposmia) e 5% apresente perda total (anosmia) da capacidade de sentir odores. A disfunção olfatória é fortemente associada com o aumento da idade, sendo mais relatada a partir dos 60 anos. A literatura descreve três categorias que representam cerca de 60% das causas de alterações olfatórias: doença nasossinusal (rinites e sinusites), perda olfatória pós-gripal e déficit pós-trauma cranioencefálico (TCE).

No entanto há também alterações qualitativas como a parosmia e a fantosmia. A parosmia é a distorção da percepção olfatória, ou seja, o individuo interpreta de forma errada a sensação olfatória. Na parosmia tudo tem o mesmo cheiro. A fantosmia é a sensação de odores que não existem. Segundo Fornazieri et al (2014) cerca de 40% dos indivíduos com hiposmia e/ou anosmia apresentam essas alterações.

O tratamento dos distúrbios olfatórios pode ser medicamentoso, e em alguns casos,  cirúrgico, dependendo do tipo e causa do problema. Há também o treinamento olfatório, que já é bem documentado em diversos estudos e que mostra bons resultados.

Em todos os casos é importante ressaltar, que o diagnóstico precoce faz toda a diferença, pois, além de outras variáveis, o tempo da perda olfatória influenciará diretamente nos resultados do tratamento.

 

Andressa Pelaquim
Doutoranda em Ciências da Saúde – UEL
Referências
Fornazieri MA, Borges BBP, Bezerra TFP, Pinna FR, Voegels RL. Main causes and diagnostic evaluation in patients with primary complaint of olfactory disturbances. Braz J Otorhinolaryngol. 2014; 80:202-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2014.02.001.
Han P, Zang Y, Akshita J, Hummel T. Magnetic Resonance Imaging of Human Olfactory Dysfunction [published correction appears in Brain Topogr. 2019 Oct 18;:]. Brain Topogr. 2019;32:987‐97. doi:10.1007/s10548-019-00729-5

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