Assim como tudo na vida, na ciência nem tudo são flores. Infelizmente há muitos periódicos científicos que não buscam o desenvolvimento da ciência. Os seus interesses financeiros é que estão em jogo e agem para conseguirem bolsas de estudo e outros tipos de investimentos.
As revistas predatórias, além de priorizarem seus próprios interesses, espalham notícias falsas, não apresentam boa conduta editorial e de publicação e não têm transparência. Além disso, os editores dessas revistas procuram diretamente e forma indiscriminada os cientistas para estes publicarem em suas revistas.
Como reconhecer que a revista é predatória?
- Passam informações falsas. Quando você receber e-mails de editores de revistas fique atento às informações dadas pelo editor – o fator de impacto da revista (normalmente está errado), falsas alegações de indexação e declarações inverídicas sobre o rigor da revisão por pares.
- Não apresentam boas práticas editoriais e de publicação – “não tem uma política de retratação, solicitam a transferência de direitos autorais ao publicar um artigo de acesso aberto e não especificam uma licença Creative Commons em um periódico de acesso aberto”. Além disso, as páginas dessas revistas não tem uma aparência profissional e apresentam erros ortográficos, por exemplo.
- Falta de Transparência – os procedimentos operacionais são obscuros e os editores predatórios não costumam fornecer suas informações de contato ou sobre as taxas de processamento dos artigos.
- Contatos indiscriminados com cientistas por e-mail – importante ressaltar que revistas não predatórias podem fazer esse tipo de contato. O que difere para as revistas predatórias é que estas são insistentes, enviam muitos emails, alegam que as submissões são necessárias para a próxima publicação da revista e normalmente aceitam artigos fora do escopo da revista.
- Há revistas que têm poucos recursos e inicialmente buscam pesquisadores para publicarem seus trabalhos. Mas não quer dizer que tenham a intenção de enganar. Por isso, são diferentes de revistas predatórias. De qualquer forma, procure submeter seus trabalhos científicos para revistas de renome internacional.
Valorize seu trabalho. Não contribua para a valorização e disseminação de periódicos predatórios. É seu nome e do seu grupo de pesquisa que estão em jogo!
Andressa Pelaquim
Mestre e Doutoranda em Ciências da Saúde – CCS/UEL
Referência
- Grudniewicz A, et al. Predatory journals: no definition, no defence. 576; 2019. Disponível em: https://www.nature.com/articles/d41586-019-03759-y.
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