RINOSSINUSITE CRÔNICA, O QUE É?
A rinossinusite crônica (RSC) (popularmente conhecida somente como sinusite) afeta milhares de pessoas no Brasil e no mundo e traz diversos incômodos a esses indivíduos. Ela consiste em um quadro inflamatório persistente da mucosa do nariz e seios paranasais por mais de 12 semanas. Ela tem como sintomas comuns a dor ou pressão facial, perda do olfato, obstrução nasal (nariz entupido) e rinorreia (nariz escorrendo).
A RSC pode ser classificada em com ou sem polipose. Os pólipos nasais são formações carnosas da membrana mucosa nasal. Esses pólipos podem obstruir o nariz e causar desconforto ao paciente. Também pode atrapalhar a capacidade de respirar e de sentir cheiros, afetando assim a qualidade do sono, a capacidade para exercícios e a alimentação.
Uma nova classificação tem sido proposta com base na fisiopatologia da doença, através da análise dos endótipos inflamatórios (perfis inflamatórios de cada paciente), avaliando os níveis de interleucinas e outros mediadores inflamatórios para classificar a doença em diferentes perfis. Assim, pesquisas nesse sentido tem sido realizadas para que a indicação de tratamento possa se tornar mais específica e personalizada de acordo com o perfil apresentado por cada indivíduo.
O GEM desenvolve várias pesquisas relacionadas a essa doença. Essas pesquisas investigam as causas e sintomas da doença e também novas formas de tratamento. As pesquisas estão investigando as causas de perda do olfato na RSC e tratamento para ela, avaliação dos endótipos inflamatórios na população brasileira, novas formas de tratamento para diminuição dos pólipos nasais e sintomas da doença, avaliação da participação do mibrobioma (bactérias) na doença e tratamento, entre outras.
Para saber mais sobre os projetos realizados pelo nosso grupo de pesquisa acesse o link https://gembrasil.org/projetos/ ou entre em contato conosco.
Ellen C. Duarte Garcia
Doutoranda em Ciências da Saúde – UEL
Referências
Akdis, C. A. et al. (2011) ‘Chronic rhinosinusitis in Europe–an underestimated disease. A GA(2)LEN study.’, Allergy. Denmark, 131(9), pp. 1479–1490. doi: 10.1111/j.1398-9995.2011.02646.x.
Fokkens, W. J. et al. (2020) ‘EPOS 2020: European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps 2020’, Rhinology. Supplement, 58(February), pp. 1–481.
Stamm, A. et al. (2008) ‘Diretrizes Brasileiras de Rinossinusites’, Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 74, pp. 6–59. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992008000700002.
Tomassen, P. et al. (2016) ‘Inflammatory endotypes of chronic rhinosinusitis based on cluster analysis of biomarkers.’, The Journal of allergy and clinical immunology. United States, 137(5), pp. 1449-1456.e4. doi: 10.1016/j.jaci.2015.12.1324.
Van Zele, T. et al. (2006) ‘Differentiation of chronic sinus diseases by measurement of inflammatory mediators’, Allergy: European Journal of Allergy and Clinical Immunology, 61(11), pp. 1280–1289. doi: 10.1111/j.1398-9995.2006.01225.x.
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/doen%C3%A7as-do-nariz-e-dos-seios-paranasais/p%C3%B3lipos-nasais
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